Segundo o ACI
(22/11/2017), em uma nova catequese na qual refletiu sobre a Missa, o
Papa Francisco se perguntou: “Essencialmente, o que é a Missa? A Missa é
o memorial do Mistério pascal de Cristo. Ela nos torna partícipes na
sua vitória sobre o pecado e a morte e dá significado pleno a nossa
vida”.
Como Israel celebra a Páscoa de sua libertação do Egito, de
seu êxodo, “Jesus Cristo, com sua paixão, morte, ressurreição e
ascensão ao céu, levou a Páscoa ao seu cumprimento. E a Missa é o
memorial da sua Páscoa, de seu ‘êxodo’, que realizou por nós, para nos
fazer sair da escravidão e nos introduzir na terra prometida da vida
eterna”.
“A Eucaristia não é uma recordação, é fazer presente
aquilo que aconteceu há 20 séculos”, destacou. “A Eucaristia – continuou
– nos leva sempre ao ápice da ação de salvação de Deus: o Senhor Jesus,
fazendo-se pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua
misericórdia e o seu amor, como fez na cruz, renovando o nosso coração, a
nossa existência e o nosso modo de nos relacionarmos com Ele e com os
irmãos”.
Em sua catequese, o Santo Padre indicou que “cada
celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso que é Jesus
ressuscitado. Participar da Missa, em particular no domingo, significa
entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela sua luz,
aquecidos pelo seu calor”.
Enfatizou que, “por meio da celebração
eucarística, o Espírito Santo nos torna partícipes da vida divina que é
capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal. Na sua passagem da morte à
vida, do tempo à eternidade, o Senhor Jesus nos leva com Ele para fazer
a Páscoa. Na Missa se faz Páscoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus,
morto e ressuscitado e Ele nos leva para frente, para a vida eterna. Na
Missa nos unimos a Ele. Antes ainda, Cristo vive em nós e nós vivemos
nele”.
“Seu Sangue nos liberta da morte e do medo da morte.
Liberta-nos não dó do domínio da morte física, mas também da morte
espiritual que é o mal, o pecado, que toma conta de nós cada vez que
caímos vítima do pecado nosso ou dos outros. E então a nossa vida é
sujada, perde a beleza, perde o significado, esmorece. Pelo contrário,
Cristo é a plenitude da vida”.
Nesse sentido, Francisco explicou
como deve ser a atitude de um cristão na Eucaristia: “Isso é a Missa, é
entrar nessa paixão e ressurreição de Jesus. E quando vamos à Missa é
como se fôssemos a um Calvário, é a mesma coisa”.
“Mas pensem: se
vamos ao Calvário – pensemos usando a imaginação – naquele momento, nós
sabemos que aquele homem ali é Jesus. Mas, nós nos permitiremos ficar
conversando, tirar fotografias, fazer um pouco o espetáculo? Não! Porque
é Jesus! Nós, certamente estaremos em silêncio, no choro, e também na
alegria de sermos salvos. Quando nós entramos na Igreja para celebrar a
Missa, pensemos isto: entro no Calvário, onde Jesus dá a sua vida por
mim”.
Finalmente, o Pontífice concluiu seu ensinamento recordando
como os mártires foram capazes de doar-se precisamente por sua fé em que
a vitória de Cristo já é real. “Se o amor de Cristo está em mim, posso
doar-me plenamente ao outro, na certeza interior de que mesmo que o
outro me fira, eu não morrerei. Caso contrário, deverei defender-me. Os
mártires deram a sua vida justamente por esta certeza da vitória de
Cristo sobre a morte. Somente se experimentamos este poder de Cristo, o
poder de seu amor, somos realmente livres para nos doar sem medo”.
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